Você vai fazer algum “negócio” com uma
instituição financeira e lá vem aquele monte de nome estranho, que não faz
parte do seu cotidiano. É a famosa língua do “economês”, que nem todo
consumidor conhece. Um destes exemplos é o spread bancário.
Trata-se da margem financeira, cobrada
pelo banco e outras instituições financeiras, do valor do empréstimo para uma
pessoa física ou jurídica, ou seja, é a diferença entre o que os bancos pagam
na captação de recursos e o que cobram ao conceder um empréstimo para uma
pessoa.
Assim como os impostos e as taxas de
juros praticados no País, o spread bancário brasileiro é um dos mais
altos do mundo, o que gera muitas críticas. Isto porque, se os juros fossem
mais baixos, tranquilamente não teríamos o superendividamento e certamente
esses valores poderiam fazer a economia girar. Ocorre que esse “benefício” vai
totalmente para os bancos.
Para ficar mais claro, vejamos um
exemplo: o consumidor que faz uma aplicação em curto prazo, ou melhor, um CDB
(Certificado de Depósito Bancário), o papel que você recebe quando empresta ao
banco está rendendo, atualmente, 7,8% ao ano, em média, e a poupança no ano de
2013 teve um rendimento de apenas 6,3%, conforme as regras da poupança antiga
(para aplicações realizadas até 3 de maio de 2012) e de 5,8% pelas novas (para
aplicações a partir de 4 de maio de 2012).
O consumidor que realiza um crédito
pessoal, aquele dinheiro que você toma emprestado sem nenhuma garantia, rende
73% ao ano para a instituição financeira.
Agora, se pegar um exemplo feito pelo
economista Fabiano Guasti Lima, que é pesquisador do Instituto Assaf e
professor da USP em Ribeirão Preto, pode-se verificar o quanto o consumidor é
lesado.
O banco que tomou emprestado R$ 100,00
de uma pessoa física (ou seja, que emitiu um CDB a esse preço), em 1º de julho
de 1994, início do Plano Real, teria de devolver, hoje, R$ 2.038,00 a esse
cliente. Descontado o Imposto de Renda, o pequeno investidor poderia resgatar
R$ 1.733,00. Considerando que a inflação foi de 333% no período, a
rentabilidade real dessa aplicação foi de 370%.
No caminho inverso, se porventura uma
pessoa física fizesse exatamente o mesmo que o banco fez, ou seja, tomado
emprestado R$ 100,00 em 1994 e nada ter pagado nesse período e nem mesmo
renegociado, sua dívida estaria hoje na casa dos milhões. Mais precisamente,
ele deveria R$ 7.205.180,78.
Tranquilamente, os bancos não deixariam
todo esse tempo sem ter provocado uma ação de execução, mas por esse exemplo
podemos verificar qual é o lucro, ou seja, o spread bancário, que os
bancos conseguem colocar sobre os consumidores.
Por isso, antes do consumidor realizar
uma aplicação, e principalmente para aqueles que querem fazer algum empréstimo,
prestem muita atenção nos juros cobrados e pensem bem antes de fazer qualquer
financiamento junto ao seu agente financeiro.
Os interessados em obter mais
informações poderão entrar em contato com IBEDEC/PP, localizado à Rua Visconde
de Cairú, nº 286, Vila São Jorge, Presidente Prudente/SP, por meio dos
telefones: (18) 3908-2882, (18) 3223-6802 (18) 9 9615-1001 (Vivo) e (18) 9
8112-4824 (Tim) ou pelo e-mail: ibedecpp@ibedecpp.org.br.
Siga o IBEDEC/PP:
Facebook: https://www.facebook.com/pages/IBEDEC-de-Presidente-Prudente/322458127889477
Twitter:
https://twitter.com/IBEDECPP
Blog: ibedecpp.blogspot.com.br
Fonte: IBEDEC de Presidente
Prudente
Nenhum comentário:
Postar um comentário