terça-feira, 9 de dezembro de 2014

"Economês": você sabe o que é spread bancário?

Você vai fazer algum “negócio” com uma instituição financeira e lá vem aquele monte de nome estranho, que não faz parte do seu cotidiano. É a famosa língua do “economês”, que nem todo consumidor conhece. Um destes exemplos é o spread bancário.
Trata-se da margem financeira, cobrada pelo banco e outras instituições financeiras, do valor do empréstimo para uma pessoa física ou jurídica, ou seja, é a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que cobram ao conceder um empréstimo para uma pessoa.
Assim como os impostos e as taxas de juros praticados no País, o spread bancário brasileiro é um dos mais altos do mundo, o que gera muitas críticas. Isto porque, se os juros fossem mais baixos, tranquilamente não teríamos o superendividamento e certamente esses valores poderiam fazer a economia girar. Ocorre que esse “benefício” vai totalmente para os bancos.
 Para ficar mais claro, vejamos um exemplo: o consumidor que faz uma aplicação em curto prazo, ou melhor, um CDB (Certificado de Depósito Bancário), o papel que você recebe quando empresta ao banco está rendendo, atualmente, 7,8% ao ano, em média, e a poupança no ano de 2013 teve um rendimento de apenas 6,3%, conforme as regras da poupança antiga (para aplicações realizadas até 3 de maio de 2012) e de 5,8% pelas novas (para aplicações a partir de 4 de maio de 2012).
 O consumidor que realiza um crédito pessoal, aquele dinheiro que você toma emprestado sem nenhuma garantia, rende 73% ao ano para a instituição financeira.
 Agora, se pegar um exemplo feito pelo economista Fabiano Guasti Lima, que é pesquisador do Instituto Assaf e professor da USP em Ribeirão Preto, pode-se verificar o quanto o consumidor é lesado.
 O banco que tomou emprestado R$ 100,00 de uma pessoa física (ou seja, que emitiu um CDB a esse preço), em 1º de julho de 1994, início do Plano Real, teria de devolver, hoje, R$ 2.038,00 a esse cliente. Descontado o Imposto de Renda, o pequeno investidor poderia resgatar R$ 1.733,00. Considerando que a inflação foi de 333% no período, a rentabilidade real dessa aplicação foi de 370%.
 No caminho inverso, se porventura uma pessoa física fizesse exatamente o mesmo que o banco fez, ou seja, tomado emprestado R$ 100,00 em 1994 e nada ter pagado nesse período e nem mesmo renegociado, sua dívida estaria hoje na casa dos milhões. Mais precisamente, ele deveria R$ 7.205.180,78.
Tranquilamente, os bancos não deixariam todo esse tempo sem ter provocado uma ação de execução, mas por esse exemplo podemos verificar qual é o lucro, ou seja, o spread bancário, que os bancos conseguem colocar sobre os consumidores.
Por isso, antes do consumidor realizar uma aplicação, e principalmente para aqueles que querem fazer algum empréstimo, prestem muita atenção nos juros cobrados e pensem bem antes de fazer qualquer financiamento junto ao seu agente financeiro.
 Os interessados em obter mais informações poderão entrar em contato com IBEDEC/PP, localizado à Rua Visconde de Cairú, nº 286, Vila São Jorge, Presidente Prudente/SP, por meio dos telefones: (18) 3908-2882, (18) 3223-6802 (18) 9 9615-1001 (Vivo) e (18) 9 8112-4824 (Tim) ou pelo e-mailibedecpp@ibedecpp.org.br.
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Fonte: IBEDEC de Presidente Prudente

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